Ainda que com alguns soluços ao longo do pregão, provocados por ruídos políticos, os ativos brasileiros pegaram carona na recuperação dos mercados externos e tiveram um dia bastante positivo, com alta firme da Bolsa e queda de dólar e juros futuros. Não houve nenhum grande gatilho conduzindo o apetite por risco nesta terça-feira, a não ser a correção aos exageros da véspera, quando o mercado reagiu a temores sobre o impacto da variante delta do coronavírus na retomada global. Esse ajuste foi o suficiente para fazer os principais ativos, aqui e lá fora, recobrarem parte do espaço perdido. Os principais índices de ações de Nova York subiram mais de 1,50%, enquanto o petróleo, apesar de mais contido, ganhou mais de 1%. Em linha com os pares, o Ibovespa encerrou o dia com ganhos de 0,81%, aos 125.401,36 pontos. Mas o movimento não foi linear, uma vez que a cena política segue no radar, em meio aos receios de como ficará a relação entre Executivo e Legislativo - e o andamento das reformas - após o presidente Jair Bolsonaro prometer vetar o aumento do fundo eleitoral. Enquanto não há solução para o tema, o dólar chegou a subir para perto de R$ 5,30 pela manhã, mas como o real foi a divisa com pior performance ontem, acabou sucumbindo à correção. No fim, a moeda americana cedeu 0,37%, a R$ 5,2311 no mercado à vista. Na renda fixa, se ontem os juros futuros cederam diante de um possível cenário de atividade mais contida e, portanto, de inflação eventualmente menos pressionada, o movimento do câmbio hoje manteve baixa disseminada entre todos os vencimentos.
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