Os mercados tiveram, majoritariamente, um pregão de recuperação após o forte movimento de aversão ao risco na véspera, desencadeado pela inflação ao consumidor muito acima do previsto nos EUA. Hoje, os preços ao produtor também superaram as estimativas, mas os investidores já tinham incorporado isso nos ativos e, diante da manutenção da postura dovish pelos dirigentes do Fed, prevaleceu a correção positiva, sobretudo das bolsas. Em Wall Street, após a queda de 2% ou mais dos principais índices, todos fecharam no azul hoje. Até o Nasdaq, que chegou a vacilar no meio da tarde, com os yields dos Treasuries voláteis, subiu 0,72%. O desempenho positivo de Nova York deu suporte ao Ibovespa, que ganhou 0,83%, aos 120.705,91 pontos, a despeito da queda firme das ações de Vale e siderúrgicas, diante de recuo forte do minério de ferro. O petróleo também caiu, após a reabertura de um importante duto de transportes de combustíveis nos Estados Unidos, mas as ações da Petrobras, que divulga seus números logo mais e cuja expectativa é de que reverta o prejuízo obtido nos primeiros três meses de 2020, subiram e deram sua contribuição à Bolsa. Na renda fixa e no câmbio, a sessão foi menos linear. Houve alguma volatilidade, tanto aqui quanto no exterior. No caso doméstico, os investidores ainda monitoram a CPI da Covid e o resultado de uma pesquisa eleitoral que indica vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. Nesse ambiente, o dólar terminou praticamente estável diante do real, com leve alta de 0,15%, a R$ 5,3133, depois de oscilar entre R$ 5,25 e R$ 5,33. Os juros futuros, que cederam na primeira metade do dia, reincorporaram alguns prêmios na etapa vespertina e encerram perto da estabilidade, ainda que o viés de queda tenha se mantido. Neste mercado, os agentes citaram, como motivo adicional de cautela, a expectativa com o resultado do julgamento do STF sobre o alcance da decisão que retirou o ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins.
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