ATIVOS ACELERAM ALTA À TARDE COM BIDEN CONSOLIDANDO VITÓRIA E PALAVRAS DE GUEDES

Blog, Cenário
A sexta-feira 13 foi marcada pelo desempenho positivo de praticamente todos os ativos ao redor do globo, com as bolsas em Nova York e por aqui acelerando os ganhos à tarde. Até porque, os investidores avaliam que a confirmação da vitória de Joe Biden no Arizona e na Geórgia e as felicitações da China ao democrata reduzem a margem para que a ofensiva judicial de Donald Trump contra o resultado eleitoral tenha algum efeito. Em Wall Street, todos os principais índices acionários terminaram no azul, com destaque para o S&P 500, que registrou recorde histórico de fechamento. Na semana, o saldo também é positivo em geral, apesar de alguns pregões de realização de lucros ao longo dos últimos dias. O Ibovespa pegou carona nesse quadro externo e foi ainda mais longe, reagindo a fatores locais. Hoje, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou o compromisso com o teto de gastos e desfez um pouco do mal-estar da véspera, após comentários sobre a possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial na eventualidade de segunda onda de Covid-19 no País. Com isso, a Bolsa brasileira subiu 2,16%, aos 104.723,00 pontos, acumulando ganho de 3,76% na semana, elevando o do mês a 11,46%. As palavras de Guedes também foram importantes para o sinal de baixa dos juros futuros, após três pregões acumulando prêmios. As taxas, inclusive, bateram mínimas à tarde e a curva voltou a perder um pouco de inclinação. Enquanto isso, com a melhora dos ativos à tarde, o dólar apagou a alta ante o real e terminou com pequena queda de 0,05%, a R$ 5,4756 no mercado à vista. Na semana, contudo, avançou 1,5%, com os investidores voltando a olhar com alguma desconfiança para a situação fiscal no País.  
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  MERCADOS INTERNACIONAIS As bolsas de Nova York aceleraram a alta à tarde e o índice acionário S&P 500 registrou o recorde histórico de fechamento. Depois do rali do início da semana, gerado por avanços em potenciais vacinas para a covid-19, o mercado devolveu alguns ganhos ontem, quando soou o alarme da escalada da pandemia, mas voltou ao tom otimista hoje. Os investidores avaliam que a confirmação da vitória de Joe Biden no Arizona e na Geórgia e as felicitações da China ao democrata consolidam seu triunfo e reduzem a margem para que a ofensiva judicial de Donald Trump contra o resultado eleitoral tenha algum efeito. No Arizona, inclusive, a equipe do republicano desistiu de um processo. Com menos busca por segurança, os juros dos Treasuries subiram. No mercado cambial, o dólar foi pressionado pelo euro e pela libra. A moeda do Reino Unido reage positivamente à saída de Dominic Cummings, a mente por trás de Boris Johnson, do governo britânico. Ele esteve à frente do processo do Brexit. O petróleo, por sua vez, registrou perdas devido à perspectiva de queda na demanda.   "Os riscos políticos representados pela recusa de Donald Trump em reconhecer a vitória eleitoral de Joseph Biden estão começando a se dissipar à medida que mais e mais legisladores republicanos começam a se distanciar do atual presidente", comenta o analista Boris Schlossberg, da BK Asset Management. "Essa ameaça parece ter desaparecido e os mercados podem estar vendo uma pequena recuperação de alívio como resultado", acrescenta.   Nesta tarde, a imprensa americana projetou a vitória de Biden na Geórgia, um estado que ainda fará recontagem dos votos, o que, porém, não tende a alterar o resultado, de acordo com especialistas. O democrata também venceu no Arizona, enquanto Trump triunfou na Carolina do Norte. Com essas atualizações, Biden deve obter 306 delegados no Colégio Eleitoral e Trump, 232.   Com a eleição do ex-vice de Barack Obama consolidada, a incerteza para o mercado diminuiu, o que abriu espaço para o apetite por risco, após as perdas registradas ontem nas bolsas. No Arizona, a equipe de Trump desistiu de um processo que questionava a votação. Já o apresentador da Fox News Geraldo Rivera, que é próximo ao republicano, disse que Trump é um "realista" e "fará a coisa certa".   Um recado veio também de Pequim: a China parabenizou Biden pela vitória. De acordo com o editor-chefe do jornal Global Times, Hu Xijin, a intenção do país asiático é demonstrar simpatia por Biden e pela vice-presidente eleita, Kamala Harris, ao mesmo tempo em que reage "aos recentes ataques violentos" vindos do secretário de Estado americano, Mike Pompeo.   Nesse cenário, as bolsas de Nova York aceleraram a alta à tarde e fecharam a semana com ganhos, à exceção do Nasdaq, já que as ações de tecnologia foram as que mais recuaram após as notícias promissoras sobre vacinas. O índice acionário Dow Jones subiu 1,37%, a 29.479,81 pontos; o S&P 500 avançou 1,36%, a 3.585,15 pontos, recorde histórico de fechamento; e o Nasdaq registrou ganho de 1,02%, a 11.829,29 pontos.   A menor busca por segurança também levou a uma inclinação na curva de juros dos Treasuries. No final da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 0,177% e o da T-note de 10 anos avançava a 0,891%. "O otimismo em torno de uma vacina para covid empurrou [durante a semana] o rendimento da T-note de 10 anos para seu nível mais alto desde o início da pandemia", apontam analistas do TD Securities.   No mercado cambial, o dólar foi pressionado pela força do euro e da libra. O índice DXY, que mede a variação da moeda dos EUA ante outras seis divisas principais, recuou 0,22%, a 92,755 pontos. "Embora ainda exista uma série de outros riscos potenciais, a probabilidade de uma vacina sugere que há menos espaço para outro aumento na compra de dólares como refúgio nos próximos meses", dizem analistas do Rabobank.   A libra, por sua vez, reagiu em alta à decisão do conselheiro-chefe do governo britânico, Dominic Cummings, de deixar o cargo. Ele esteve à frente do processo do Brexit desde o início e defendeu a saída radical do Reino Unido da União Europeia. (Leia mais no comentário da repórter especial e ex-correspondente em Londres Célia Froufe, publicado às 16h16 de Brasília)   No mercado de energia, apesar do ambiente positivo para o risco, o petróleo foi pressionado por perspectivas de redução da demanda com o avanço da pandemia e fechou em baixa. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para dezembro caiu 2,40%, a US$ 40,13 o barril. O Brent para janeiro, por sua vez, cedeu 1,72%, a US$ 42,78 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). (Iander Porcella - [email protected])   BOLSA Após duas sessões de ajuste, uma combinação de fatores domésticos e externos contribuiu para que o Ibovespa encerrasse a semana em tom positivo, tendo tocado importante linha de resistência neste intervalo, aos 105,7 mil na máxima de terça-feira. O reconhecimento pela China da vitória de Joe Biden na eleição americana e sinais de que o atual presidente, Donald Trump, está a ponto de reconhecer a derrota mantiveram Wall Street em alta, acentuada à tarde. Os índices de NY também se animaram com a indicação do democrata de que manterá contato com o Congresso para levar adiante nova rodada de estímulos.   Além disso, o sentimento favorável se ancorou em reiteração do compromisso do ministro da Economia, Paulo Guedes, com o teto de gastos, após comentários dele no dia anterior, sobre a possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial na eventualidade de segunda onda de Covid-19 no País, terem sido mal recebidos pelo mercado. Por sua vez, o bom desempenho do IBC-Br em setembro, na margem, contribui para melhorar a perspectiva para o PIB.   Em alta de 2,16% no fechamento desta sexta-feira, aos 104.723,00 pontos, o Ibovespa acumulou ganho de 3,76% na semana, estendendo o do mês a 11,46% e limitando as perdas do ano a 9,44%. O giro financeiro totalizou R$ 33,5 bilhões na sessão, com o Ibovespa saindo de mínima na abertura a 102.508,77 e chegando na máxima aos 104.725,79 pontos. O ganho desta semana sucedeu avanço de 7,42% na anterior, quando o Ibovespa vinha de perda de 7,22% na antecedente.   "O mercado ainda está anestesiado pelo efeito Biden e, na B3, o desempenho positivo das ações de bancos, pelo peso que possuem no índice, assegurou dinamismo ao Ibovespa. O viés é positivo, mas sujeito a correções, na medida em que a questão fiscal ainda pode atrapalhar. Guedes precisará saber jogar com o Congresso. Afora isso, os juros estão baixos ou mesmo negativos, no mundo todo, o que reforça o apelo da exposição a risco", diz Marcio Gomes, analista da Necton Investimentos.   Nesta sexta-feira, os ganhos nas ações de bancos chegaram a 3,55% no fechamento (Bradesco PN), ficando na semana entre 8,40% (BB ON) e 15,47% (Bradesco PN). As ações de commodities também tiveram desempenho positivo na sessão, com destaque para Petrobras PN, em alta de 3,29% - na semana, a ação avançou 14,58%, enquanto a ON teve ganho de 16,66% no intervalo. Na ponta do Ibovespa nesta sexta-feira, Yduqs fechou em alta de 9,76%, à frente de IRB (+7,70%) e Intermédica (+7,46%). No lado oposto, Multiplan caiu 2,35%, Magazine Luiza, 1,49%, e CSN, 1,18%.   No exterior, o reconhecimento pela China da vitória de Biden é fator de otimismo, em particular pelo tom amigável observado na imprensa oficial. Com a posição assumida pelo governo chinês, Rússia, México, Brasil e Coreia do Norte seguem entre os poucos países que ainda não se manifestaram. "As relações entre os EUA e a China estão em baixa e não haverá solução fácil para os direitos humanos, espionagem e roubo de propriedade intelectual, mas uma abordagem menos conflituosa é bem-vinda", observa em nota Edward Moya, analista de mercado da OANDA em Nova York.   Com a atenção voltada para fora, e alguma renovação do voto de confiança no compromisso de Guedes com a responsabilidade fiscal, os últimos ruídos de Brasília, entre o presidente Jair Bolsonaro e o vice, Hamilton Mourão, sobre a possibilidade de emenda constitucional que abrisse caminho para expropriação de terras submetidas a devastação ambiental - e, hoje, a declaração de Mourão em favor do reconhecimento de Biden -, passaram em branco, assim como manifestação do comandante do Exército, Edson Pujol, de que a instituição é de Estado, não de governo.   "A declaração do Bolsonaro nesta semana, de que tem 'pólvora' contra pressão ambiental do Biden, fez o Brasil ficar parecido com a Coreia do Norte, só que sem arma nuclear", observa com ironia um gestor, chamando atenção para a perda de oportunidade de se ajustar o tom da diplomacia em direção a um caminho menos turbulento e mais consequente, a começar pelo futuro governo americano.   A saída de cena de Trump em 20 de janeiro parece ter começado a ser construída nesta sexta-feira com a retirada, pelos advogados da campanha republicana, de ação judicial que questionava a votação no Arizona, concluída conforme se projetava com vitória de Biden. Próximo a Trump, o jornalista Geraldo Rivera, apresentador da Fox, disse hoje que o presidente é um "realista" e "fará a coisa certa" em relação ao resultado da eleição.   Apesar da melhora de cenário, o mercado financeiro está mais cético quanto ao desempenho do Ibovespa no curtíssimo prazo, mostra o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira, que teve a contribuição de 14 participantes. A expectativa de que a próxima semana será de perdas para as ações atingiu 42,86%, de 18,75% no levantamento da semana passada. Ao mesmo tempo, também 42,86% disseram esperar ganhos para o índice, porcentual bem menor do que os 62,50% da última pesquisa. A percepção de que a variação será neutra caiu de 18,75% para 14,29. (Luís Eduardo Leal - [email protected])   cgi     18:21   Índice Bovespa   Pontos   Var. % Último 104723.00 2.16179 Máxima 104725.79 +2.16 Mínima 102508.77 0.00 Volume (R$ Bilhões) 3.35B Volume (US$ Bilhões) 6.10B         18:29   Índ. Bovespa Futuro   INDICE BOVESPA   Var. % Último 105115 2.15258 Máxima 105200 +2.24 Mínima 103080 +0.17     JUROS A sexta-feira 13 foi de queda para os juros futuros, com redução da inclinação da curva uma vez que as taxas longas recuaram com mais intensidade. O alívio de prêmios foi conduzido pelo bom humor no exterior, principalmente via câmbio, e também pelas declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, em defesa da austeridade fiscal e do teto de gastos. As mínimas foram atingidas à tarde, justamente quando o dólar voltou a cair ante o real, alinhado ao aumento do apetite pelo risco lá fora. No balanço da semana, porém, a curva teve inclinação adicional ante os níveis da última sexta-feira.   A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou a sessão regular e a estendida em 3,34%, de 3,385% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 caiu de 4,986% para 4,94% na regular e 4,92% na estendida. A taxa do DI para janeiro de 2025 fechou a regular a 6,70% e estendida em 6,68%, de 6,755% ontem. O DI para janeiro de 2027 fechou com taxas de 7,46% (regular) e 7,43% (estendida), de 7,564% ontem.   As taxas começaram o dia sem trajetória muito definida, mas um viés de queda foi se fortalecendo ainda pela manhã na medida em que o ministro discursava no 39º Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex). "O discurso agradou e desarmou a pressão de ontem. Ele atuou como bombeiro", disse o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Camargo Rosa. O mercado vinha bastante estressado nos últimos dias em função do risco de extensão do auxílio-emergencial para 2021, admitido ontem pelo próprio ministro em caso de uma segunda onda de Covid no Brasil.   Hoje, ele voltou a afirmar que o auxílio termina em 31 de dezembro e que a partir desta data, os gastos sociais do governo vão aterrissar no Bolsa Família. Sobre a criação de um novo programa de renda, Guedes disse que não haverá populismo e que ele não será criado se não tiver responsabilidade fiscal. "Vamos travar despesas, pagar pela crise. Não vamos deixar dívidas para nossos filhos e netos", disse. Mesmo a possibilidade de pagamento adicional a famílias carentes atingidas pelo apagão no Amapá o governo quer se precaver, e deve recorrer da decisão judicial que obrigou o pagamento, segundo disseram fontes ao Broadcast.   Guedes ainda exaltou o ritmo de melhora da economia, de criação de empregos e disse que o Brasil está saindo da recessão. Tudo o que o mercado gosta de ouvir. Para o diretor de Gestão de Renda Fixa e Multimercados da Quantitas Asset, Rogério Braga, o ministro não disse "nada de novo", mas esse tipo de declaração num governo que é cheio de ruídos é importante. "O mercado vê que o ministro está firme, esperançoso. É necessário mesmo que ele faça essa renovação de votos", comparou.   Analistas afirmam ainda que Fabio Kanczuk, diretor de Política Econômica do Banco Central, em reunião com representantes de várias instituições financeiras nesta manhã, reforçou a mensagem dos documentos do BC em relação ao forward guidance, que indica manutenção da Selic nos atuais 2% por um longo período.   No exterior, os mercados operaram no modo "risk on", resultando em valorização para boa parte da moedas emergentes. De acordo com um gestor, porém, o câmbio local estava "esquisito" pela manhã. "Todas as moedas ganhando contra o dólar e o real apanhava 1%, mas acabou não pegando tanto no juro longo nem na Bolsa. Mas quanto o dólar devolveu à tarde, os juros também andaram", disse.   O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de setembro, com alta de 1,29% ante agosto, veio acima da mediana das estimativas (1,0%), mas não chegou a influenciar os negócios. Ainda que tenha provocado algumas revisões em alta para o PIB do terceiro trimestre, há que se aguardar para ver como ficará a economia sem o estímulo do auxílio emergencial. (Denise Abarca - [email protected])     18:29   Operação   Último CDB Prefixado 31 dias (%a.a) 1.92 Capital de Giro (%a.a) 5.33 Hot Money (%a.m) 0.60 CDI Over (%a.a) 1.90 Over Selic (%a.a) 1.90     CÂMBIO O dólar fechou a semana acumulando alta de 1,5%, devolvendo parte da queda da semana passada, quando recuou 6%. Os últimos dias foram marcados por forte volatilidade no mercado de câmbio e pela volta ao radar das preocupações fiscais com o Brasil, após uma trégua em meio às eleições americanas. As principais dúvidas dos investidores sobre o orçamento brasileiro continuam sem resposta, sendo a principal delas como o governo pretende financiar seus programas sociais em 2021. Esse ambiente de incerteza fiscal em alta ajudou o real a se descolar de outras moedas emergentes nos últimos dias, mesmo com o forte ingresso de capital externo para a Bolsa, com entradas diárias recordes, superando os R$ 11,7 bilhões esta semana.   O dólar à vista, após novo dia volátil, encerrou a semana em R$ 5,4756, mas ao longo do dia chegou a superar os R$ 5,52. No mercado futuro, o dólar para dezembro era negociado estável às 18h, em R$ 5,4630.   Para o gerente de tesouraria do Travelex Bank, Felipe Pellegrini, após a forte queda da semana passada e a cair a R$ 5,22, era esperado um ajuste no câmbio. "Houve exagero na semana passada", disse ele. Ele comenta que o crescimento acelerado dos casos de covid na Europa e Estados Unidos voltou a preocupar, depois de ficar em segundo plano em meio à apuração da eleição americana. Outro fator a gerar desconforto foi o fato de Donald Trump ainda não ter reconhecido sua derrota nas urnas.   No Brasil, Pellegrini ressalta que o principal foco dos investidores segue na agenda fiscal do governo, ainda sem respostas. "As reformas não andam", destaca ele, ressaltando que as mesas de câmbio vão continuar se focando neste assunto nas próximas semanas. Hoje, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a mostrar compromisso fiscal, falar da necessidade de respeitar o teto em 2021 e repetiu que o auxílio emergencial termina dia 31 de dezembro e que o novo programa de renda não será criado se não houver responsabilidade fiscal.   "A semana foi bem instável de forma geral, não só aqui, mas no mercado de moedas global", comenta o diretor de um banco, na condição de anonimato. Para ele, muitos fatores induziram a movimentos "fortes e às vezes erráticos" do real, como a volta dos ruídos envolvendo a prorrogação de benefícios sociais a partir de janeiro, como sinalizou Guedes ontem caso haja uma segunda onda de coronavírus. Este ambiente somado a uma apreciação acima dos pares na semana anterior, explica parte dos movimentos atípicos dos últimos dias, disse o diretor.   O real teve uma trégua pós eleição americana, e o dólar ainda acumula baixa de 4,6% no mês, mas o executivo acima comenta que após as eleições municipais de domingo, quando parte do quadro eleitoral fica mais claro no Brasil, o governo vai passar a ser mais cobrado pela definição da agenda fiscal para 2021. Mas ele não acredita que avanços ocorram em novembro.   "As incertezas quanto à dinâmica fiscal nos próximos anos devem seguir impactando o prêmio de risco brasileiro", afirma o Itaú nesta sexta-feira. O aumento do risco fiscal levou o Itaú a subir a projeção de dólar para o final de 2021, de R$ 4,50 para R$ 5,00. A taxa de câmbio deste ano foi mantida em R$ 5,25. A avaliação do banco é que cenário global benigno para ativos de risco deve perdurar. Isso, somado a um balanço de pagamentos já ajustado (déficit em conta corrente perto de zero) e à retomada da atividade econômica, que tende a favorecer a entrada de capitais, deve contribuir para a apreciação da moeda em relação aos patamares atuais. Mas é o avanço do ajuste fiscal que vai definir se o real fica mais ou menos apreciado, conclui o Itaú.   Com as incertezas fiscais em alta, o próprio risco-país medido pelo Credit Default Swap (CDS) teve um limite de queda e voltou a subir nos últimos dias. As taxas chegaram a cair para 165 pontos no começo da semana, após baterem 255 no final de setembro e ficarem acima de 200 em outubro. Mas passaram a subir nos últimos dias e voltaram a 180 pontos hoje. (Altamiro Silva Junior - [email protected])     18:29   Dólar (spot e futuro)   Último   Var. %   Máxima   Mínima Dólar Comercial (AE) 5.47560 -0.0475 5.52620 5.45050 Dólar Comercial (BM&F) 5.5866 0 DOLAR COMERCIAL FUTURO 5464.000 0.03662 5529.500 5450.000 DOLAR COMERCIAL 5470.000 -0.02741 5509.500 5470.000          
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